quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Novos Caminhos da Avaliação de Informação

Olá pessoal. aqui vai um resumo de um artigo da professora Fernanda Ribeiro sobre avaliação. encontra-se disponível na Biblioteca digital da FLUP.
Novos Caminhos da Avaliação de InformaçãoNovos Caminhos da Avaliação de Informação
Fernanda Ribeiro
Os procedimentos de avaliação na área da Ciências da Informação (CI) encontram-se dispersos. Esta dispersão integra inúmeras facetas passíveis de serem constituídas como objecto de avaliação.
1- Os fundamentos teóricos para a prática da avaliação de serviços de informação devem ser procurados nas ciências da Administração e da Gestão. Avaliar o desempenho de serviços de informação não é diferente de avaliar outros serviços. A vasta literatura nesta área, contudo, revela uma ausência de estudos sobre o desempenho dos serviços de arquivo. O enfoque dos estudos recentes situa-se na questão da qualidade – Gestão da Qualidade.
A ISO (Organismo Internacional de normalização) tratou também esta questão da qualidade, elaborando normas que pretendem implementar sistemas de gestão da qualidade.
2- Quanto à avaliação dos instrumentos de recuperação da informação, os estudos debruçam-se sobre a qualidade do tratamento técnico medida em função das necessidades específicas dos utilizadores. Este enfoque faz parte de uma faceta anterior da avaliação, pois o desempenho dos serviços de informação passa, entre outras coisas, pela avaliação dos instrumentos que possibilitam a recuperação da informação; é de referir que a fundamentação para esta última abordagem tem por base estudos levados a cabo nos anos 50 e 60.
De um modo geral, a avaliação tem procurado comparar o desempenho de diferentes sistemas, testar a eficácia de sistemas concretos ou avaliar resultados da recuperação da informação para determinar a qualidade dos instrumentos de pesquisa, designadamente a qualidade das linguagens de indexação.
Mais recentemente, a tendência aponta mais noutro sentido: procura enfatizar mais as necessidades dos utilizadores.
3- A avaliação do fluxo de informação é prioritária. Estes estudos têm-se desenvolvido sobretudo na área da arquivística, devido à necessidade de eliminar documentos para libertar espaço.
As preocupações dos arquivistas fazem-se sentir mais prementemente no período que medeia entre as duas guerras mundiais, consequência do aumento considerável da produção de documentos, o que levou as administrações e os arquivistas a encarar o problema de forma mais determinada.
Por exemplo, em Inglaterra, a tarefa das eliminações era deixada a cargo das administrações; já na Alemanha, os arquivistas assumem também um importante papel nessa tarefa que negaram na totalidade à administração.
Só a partir dos anos 50 surge uma perspectiva mais sistematizada com Schellenberg: este autor considera a existência de:
• Um valor primário (para a entidade produtora)
• Um valor secundário (para a investigação)
Pretende-se uma síntese das posições alemã e inglesa:
Conservar um máximo de informação, preservando um mínimo de documentos.

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