
De considerar que nem 50% do quadro se depara completo o que justifica uma sobrecarga de trabalho ao pessoal actual. Estas adversidades e inconvenientes têm sido acumuladas com os Programas Operacionais Ocupacionais do Instituto de Emprego (AFONSO, 2006).
In informação retirada da Revista BRIGANTIA (AFONSO, 2006) e de acordo com o que presenciei durante o meu Estágio Curricular.
- Fazendo a avaliação e análise deste Arquivo, bem como dos outros, o que ressalta, claramente?
A falta de pessoas para trabalhar nos diversos quadros.
- Será possível fazer um trabalho profícuo com falta de Recursos Humanos?
Não. É extremamente complicado e uma autêntica “maratona”! Constatei isso quando para lá fui estagiar e sei, pelo que me foi dito pela minha Orientadora na Instituição, Directora e restantes funcionários, que eu dei um pequeno avanço a diversas coisas a pesquisar e a controlar e confirmar. Não imaginam a quantidade de vezes que os telefones tocavam – com chamadas do Brasil, na maioria – sobre pessoas que queriam ter acesso ao Registo de Baptismo de um seu antepassado, para obter a Cidadania Portuguesa! Por vezes diziam que o antepassado tinha nascido no Distrito de Bragança, sem mais referências! Outras vezes diziam o concelho em que tinha nascido (apontando sempre uma hipotética data de nascimento) e o nome dos Pais (quando sabiam!!!) do antepassado e nesse caso tínhamos que informar que esse concelho “A” tem inúmeras freguesias, mais os lugares associados. Era impraticável em alguns casos, mesmo tentando fazer um orçamento para a pesquisa, dada a falta de gente habilitada para trabalhar num Arquivo e se dedicar exclusivamente à Pesquisa Genealógica.
- Será admissível a falta de orçamento que se dedica aos Arquivos em geral?
As coisas, têm, claramente que ser alteradas…
- Pode um Arquivo funcionar – no caso do ADBGC – com apenas uma Técnica Superior, além da Direcção?
Com apenas uma Técnica Superior, não pode assegurar num curto espaço de tempo todas as solicitações que são endereçadas ao Arquivo. Com mais do que dois Técnicos Superiores, sim (?). Será?
- Devem os outros funcionários fazer tarefas que não lhes competem, devido à falta de Recursos Humanos?
Não. Esta situação não pode ser posta em prática assiduamente; pois os funcionários têm o seu devido papel na Instituição e pelos trabalhos “extra” não são remunerados!
Todos nós, quando nos dirigimos a uma Instituição, queremos ser bem atendidos, num curto espaço de tempo e dar crédito positivo à Instituição que visitámos por qualquer motivo. Aliás, num Arquivo Distrital, entre o pedido da documentação entregue ao funcionário pelo utilizador, até este receber a documentação há um longo caminho a percorrer! Só o Arquivo Distrital de Bragança tem oito depósitos, numerados alfabeticamente de “A a F”, em vários níveis, com uma área total aproximada de 1 461 metros quadrados!
1. Após a recepção do pedido dos utentes, segue-se o seguinte trajecto:
· Verificar se existe a documentação em causa;
· Localizar fisicamente o depósito;
· Localizar o maço, ou a caixa onde estão guardados os documentos;
· Fazer o percurso inverso e enviar a documentação para Sala de Leitura;
· Entregar a documentação ao utente.
Segundo normas de qualidade e de prestabilidade no ADBGC tenta-se não ultrapassar os 10 minutos entre o pedido e a entrega da documentação. É aliás um dos avaliadores de qualidade: a rapidez do serviço!
Luís Murta Gomes
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